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Simpósio LUME – PPG Artes da Cena – IA – UNICAMP

Sobre o evento
SOBRE A JORNADA
A Jornada Internacional Atuação e Presença acontece de forma contínua desde 2012 na sede do LUME – UNICAMP e aglutina vários eventos práticos e teóricos organizados pelo núcleo no mês de fevereiro a saber: o Simpósio Internacional Reflexões da Cena Contemporânea, os Cursos de Fevereiro e o Terra LUME. Portanto, o mês de fevereiro é dedicado ao fortalecimento de práticas de formação e contaminação entre os atore-pesquisadores e suas pesquisas desenvolvidas no LUME com outros artistas e pesquisadores nacionais e internacionais na área das artes presenciais. Vale ressaltar que um dos procedimentos de praxe da equipe de atores-pesquisadores do LUME – desde sua criação em 1985 – é o confronto dos resultados de suas pesquisas práticas e teóricas com núcleos, artistas e grupos de investigação das artes presenciais do Brasil e do exterior, sejam eles vinculados à academia ou não, mas que representam diferentes caminhos de se trabalhar o atuador, todos com comprovada competência no que diz respeito ao rigor de suas pesquisas e à relevância de seus resultados. Esses cenários – formativos, interventivos, criativos e conceituais colocados em tensão nas várias atividades que compõe a Jornada – trabalham, todos eles, com o conceito de “aprendizagem inventiva”: construção de um conhecimento corpóreo adquirido na relação afetiva produzida no encontro e baseado na experiência enquanto intensificação. O LUME propõe que o universo da descoberta do corpo do outro, da arte, do fazer, do ofício, da presença e da conceituação sobre esses elementos práticos não pode jamais fechar-se em si mesmo. A Jornada pretende, então, compor uma experiência de gerar um corpo/pensamento intensificado que deve ter o outro como co-criador. No LUME, esse “outro” — às vezes concreto, às vezes imaginado, às vezes diluído — sempre vazou em cada prática experimentada na sala de trabalho, ou seja, o núcleo tem como premissa fundante que cada experiência de pesquisa prática ou teórica, em processo ou já sistematizada, deve ser compartilhada. É com base nesse pressuposto originário que nascem as demonstrações de trabalho, os cursos de curta, média e longa duração, as aulas abertas. Jamais com o objetivo de ensinar, mas com o foco no intercâmbio. Cada curso, demonstração e disciplina ministrada é a busca de uma permuta de suores, olhares e saberes em que cada qual contribui com sua parte sempre imprescindível. É assim que o nosso “fazer arte” se constrói coletivamente. O LUME não dirige espetáculos: potencializa criações; não organiza cortejos nas comunidades: intensifica brincadeiras; não impõe trocas: propõe danças conjuntas; não organiza eventos: sugere espaços de contaminação. É dessa forma que o LUME não cria, mas — quebrando com as regras gramaticais — O LUME CRIAMOS. Gerar eventos que proporcionem tensões e atritos entre as diferentes maneiras de se pensar a arte presencial em seus terrenos criativos, conceituais, interventivos e formativos é o grande e maior objetivo dessa Jornada.
SOBRE O SIMPÓSIO INTERNACIONAL
A presente edição de nosso Simpósio deseja dar continuidade e ampliar o debate iniciado nos encontros anteriores, intensificando o aporte sobre as questões que emergiram de forma mais potente nas três últimas experiências. Pensamos que essa intensificação não se dá somente pelo mergulho de aprofundamento dos temas não esgotados em discussão, mas pela difusão ampliada da participação do público e por um recorte mais plural dos assuntos das mesas, bem como pela inclusão de espaços de reflexão sobre possíveis novas formas de se documentar a criação (como nas demonstrações práticas de trabalho).
A agenda busca contemplar alguns temas, em certa medida, recorrentes ao debate contemporâneo da comunidade artística, mas que podem ser problematizados num formato dinâmico de interfaces de reflexão. De fato, esse nos parece o caminho mais eficiente no esforço de construir um campo verdadeiramente potente de atualização do debate sobre as artes performativas: posicionar tais temas não como eixos de discussão autônomos, mas como núcleos móveis de provocações que se atravessam, se ultrapassam e desdobram a experiência do encontro físico em si.
Nesse sentido, a qualidade de acesso ao encontro torna-se ponto fundamental. Nas primeiras edições, acreditávamos que o recorte de público seria especializado, mais restrito aos profissionais das artes do corpo ou das artes em geral. Hoje, sabemos que o simpósio é a oportunidade de organizar um plano muito mais potente de produção de saberes para além das estratificações pensadas nos planejamentos originais, posto que os debates movimentam campos de interesse diversos em torno das questões de criação.  Portanto, estendemos nosso encontro não apenas aos docentes e discentes da UNICAMP, instituição sede, e aos pesquisadores em geral; mas, a toda comunidade de criadores indistintamente.Abriremos, ainda, a possibilidade de apresentação de trabalhos (comunicações orais) de pesquisa de mestrandos, doutorandos e pesquisadores brasileiros e estrangeiros, a partir dos temas diretamente vinculados aos dias de debate.

Pq. Dr. Renato Ferracini

Ator-Pesquisador
LUME – Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais – UNICAMP

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