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Chamada de trabalhos DIÁLOGOS MULTILATERAIS

Prezadas e prezados colegas da ABRACE – Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-graduação em Artes Cênicas,

Em nome do Comitê Científico da revista V!RUS (issn 2175-974x), do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, vimos respeitosamente solicitar-lhes a divulgação, aos pesquisadores membros desta Associação, da chamada de trabalhos para nossa 30a. edição.

Com o tema “DIÁLOGOS MULTILATERAIS: PRÁXIS, INTERLOCUÇÕES E CONFRONTAÇÕES“, a chamada focaliza o lugar dos embates, enfrentamentos, diálogos e desafios, nas escalas local, regional, nacional e mundial, presentes na conexão entre distintas posturas teórico-metodológicas; concepções técnicas e tecnológicas conflitantes; os interesses divergentes que caracterizam os modos de abordar, conceber e produzir a cidade, suas edificações e a vida urbana; diferentes cosmogonias e visões de mundo e disputas internacionais de poder, segundo a perspectiva dos diversos campos disciplinares que investigam a produção da cidade, os processos de comunicação e cultura na sociedade, as relações inter e intra-nacionais, suas dinâmicas e reverberações. 

Serão aceitos para avaliação artigos científicos e ensaios críticos inéditos, que discutam a articulação de elementos advindos de distintos universos constituindo práxis, estabelecendo interlocuções e investigando confrontos, e que explicitem, em sua temática, no resumo e no corpo do texto, evidências claras sobre a relação entre a pesquisa apresentada e o tema da edição.

Artigos científicos e ensaios críticos serão recebidos até 10 de agosto pelo website da revista, e a edição será publicada em dezembro de 2025.

Criada em 2006, a revista V!RUS é um periódico científico semestral integralmente bilíngue desde a sua criação, com revisão duplo-cega, publicado pelo Nomads.usp – Núcleo de Estudos de Habitares Interativos, do Programa de Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo, Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, Brasil, com classificação QUALIS A3 (2017-2020). Todo o conteúdo da revista está disponível em Português e Inglês ou Espanhol e Inglês, no website https://revistas.usp.br/virus/.

As diretrizes para autores estão disponíveis em https://revistas.usp.br/virus/about/submissions.

Esperamos que a V!RUS possa contribuir para o debate acadêmico em nossas áreas, e para a excelência do ensino, pesquisa, cultura e extensão em nossas instituições.

Atenciosamente,

Prof. Associado Dr. Marcelo Tramontano

Editor-chefe da revista V!RUS, IAU-USP

comitê editorial | editorial board

revista v!rus | v!rus journal

nomads.usp center for interactive living studies

institute of architecture and urbanism

university of sao paulo | brazil

www.nomads.usp.br

www.facebook.com/virus.nomads/

CHAMADA V!30 | Diálogos multilaterais: práxis, interlocuções e confrontos

Como conceber a contribuição técnico-científica para um mundo multilateral de sociedades cada vez mais multiculturais, em que a globalização de processos e produtos acentuou práticas de dominação e disputas de poder em todas as esferas da vida e áreas do conhecimento? Como articular diferenças, conflitos e convergências, sejam eles teóricos, históricos, políticos ou culturais, através da construção simultânea de reflexão e ação, garantindo a horizontalidade de diálogos e visando a produção de saberes e a transformação social?

A trigésima edição da revista V!RUS focaliza o lugar dos embates, enfrentamentos, diálogos e desafios, nas escalas local, regional, nacional e mundial, presentes na conexão entre distintas posturas teórico-metodológicas; concepções técnicas e tecnológicas conflitantes; os interesses divergentes que caracterizam os modos de abordar, conceber e produzir a cidade, suas edificações e a vida urbana; diferentes cosmogonias e visões de mundo e disputas internacionais de poder, segundo a perspectiva dos diversos campos disciplinares que investigam a produção da cidade, os processos de comunicação e cultura na sociedade, as relações inter e intra-nacionais, suas dinâmicas e reverberações.

Serão aceitos para avaliação artigos científicos e ensaios críticos inéditos, que discutam a articulação de elementos advindos de distintos universos constituindo práxis, estabelecendo interlocuções e investigando confrontos, e que explicitem, em sua temática, no resumo e no corpo do texto, evidências claras sobre a relação entre a pesquisa apresentada e o tema da edição.

Interessam-nos trabalhos que abordem o assunto de forma crítica e fundamentada, a partir dos vários campos disciplinares, em especial arquitetura, urbanismo, artes, cinema, comunicação, design, direito, psicologia, ciências sociais, ambientais e políticas, educação, estudos culturais, história, geografia, entre outros, tratando particularmente – mas não apenas – dos seguintes tópicos:

+ Conceitos e referências: a problematização da noção de Sul Global, o binarismo centro/periferia; as noções de práxis, interlocuções e confrontos; referências do Norte e do Sul;

+ Metateorias: pensamento sistêmico, complexidade, cibernética, conversação, ecologia da comunicação, transdisciplinaridade;

+ Tensionamentos internacionais: a (nova) ordem mundial, as noções de multilateralismo, globalização, internacionalização, imperialismo e mundialização; BRICS e poderes emergentes, migrações transnacionais; África, Eurásia, América Latina e a emergência do Sul; as transmutações do Norte;

+ Diálogos Sul-Sul: consensos e dissensos; princípios, fundamentações, estratégias e modos de fazer; evolução histórica e tensionamentos; transmodernidade e diálogos interculturais; multilateralismo no Sul;

+ Questões ambientais: as contradições envolvidas na preservação ambiental em relação aos interesses nacionais e de grupos, às populações originárias e tradicionais, às mudanças climáticas e às grandes corporações extrativistas; desenvolvimento sustentável, metropolização, modelos agroindustriais, agrofamiliares e agroflorestais; relações Norte-Sul e Sul-Sul;

+ Amazônia(s) e ecologias, culturas, saberes, modos de habitar e construir; perspectiva histórica das formas de ocupação do território; as conferências internacionais e as ações locais; desenvolvimento econômico e preservação;

+ O modelo arquitetônico e urbanístico moderno norte-atlântico universalista como instrumento de dominação; aportes e conflitos entre modelos do Norte e o pensamento da área no Sul, seus reflexos no ensino e nos modos de produção; desqualificação de concepções locais, populares e tradicionais;

+ Habitação e modos de habitar: a imposição de modelos de habitação e modos de vida; modalidades habitacionais, tendências comportamentais contemporâneas; modos de morar espontâneos, tradicionais e projeto de habitação; habitar a cidade, confrontos e insurgências;

+ Novos paradigmas formais internacionais e arquiteturas regionais: arquiteturas com geometrias complexas, modelagem paramétrica, fabricação digital, processos digitais de projeto e produção; hibridismo entre modos analógicos e digitais de pensar e fazer arquitetura; formas complexas e arquiteturas ancestrais;

+ Modos de construir: cadeias globais de produção e distribuição versus arranjos produtivos e saberes locais; arquiteturas de baixa emissão de carbono; técnicas construtivas do Sul auxiliadas pelo digital; o canteiro, o desenho e a manutenção de hierarquias de classe, raça e gênero; a contribuição de culturas construtivas de matriz africana à constituição do patrimônio construído latinoamericano; 

+ Patrimônio e memória: valorização da memória e do patrimônio de minorias sociais, patrimônios invisibilizados; processos decisórios insurgentes sobre a preservação de arquiteturas, lugares, paisagens e monumentos; projeto arquitetônico e urbanístico de intervenção, técnicas construtivas retrospectivas;

+ História e historiografias: contraposição entre regimes de historicidade hegemônica e contra-hegemônica, narrativas institucionais e insurgentes; oralidades como dispositivos de memória e a disputa pela construção discursiva da temporalidade histórica; silenciamentos, apagamentos, cancelamentos; 

+ Disputas de narrativas: cooptação de pautas políticas, despolitização do discurso como estratégia de silenciamento e manutenção de poder; fake news, discursos de ódio; falsas neutralidades como instrumento de manipulação e controle;

+ Ecologia de saberes: diálogos interculturais, povos originários e afrodescendentes; saberes tradicionais, populares, ancestrais e conhecimento científico; a perspectiva decolonial, outras noções de modernidade, transmodernidade; cosmotécnica e tecnodiversidade;

+ Ações reivindicatórias em processos participativos de projeto, construção e gestão da cidade: ações comunitárias, plataformas digitais online como lócus de participação; ações cidadãs bottom-up, redes de solidariedade, modelos de representatividade;

+ O embate entre trabalhadores rurais, plataformizados e informais e as estruturas econômicas, políticas e tecnológicas que os precarizam; trabalho e interseccionalidades de raça, gênero e classe social;

+ Economias insurgentes: economia social e solidária, novas economias da sustentabilidade, greenwashing, economia substantiva e outros modelos de desenvolvimento, buen vivir e outras economias no Sul Global, o decrescimento;

+ A cidade em disputa: movimentos sociais e as lutas de populações vulneráveis; minorias étnicas, migrantes e de gênero e interseccionalidades pelo direito à cidade e à cidadania; insurgências e movimentos sociais; pensamento urbanístico contra-hegemônico e jogos de poder;

+ Entre cidade e campo: a falácia da dicotomia urbano-rural, periurbanidades, metropolização, redes urbanas; planos como territórios de disputa, políticas públicas top-down e bottom-up;

+ Universidade e práxis em ensino, pesquisa e extensão; compartimentação disciplinar e transdisciplinaridade; redes de pesquisa, interlocução acadêmica e critérios de internacionalização; rankings qualitativos de instituições e periódicos; a imposição da ciência aberta e o produtivismo; outros modos e lugares de produção de conhecimento;

+ Pesquisa científica no Sul fundamentada em métodos e referências do Norte; revisão de conceitos e categorias analíticas, repensando objetivos e apropriações, identificando lacunas; delimitações de campo, métodos e procedimentos; perspectiva crítica humano-centrada da produção científica; o pesquisador como ator social;

+ Tecnopolíticas: o domínio das big techs e a soberania das nações; a dataficação da vida, cidadania digital, redes sociais; ciberativismo, ciberespaço e cena pública; programas e recursos computacionais como instrumentos de controle e insurgência; a utilização no Sul de software desenvolvido no Norte; a interoperabilidade como controle; racismo algorítmico;

+ Inteligência Artificial e um novo colonialismo; dominação algorítmica, extrativismo colonialista de dados; IA, criação artística e produção intelectual; IA e impactos no quotidiano; IA, racismo digital e feminismo de dados; IA e fake news, verdade e pós-verdade; IA e formas de vigilância; modelos contra-hegemônicos;

+ Multilateralidades e expressões artísticas: artes visuais, fotografia, música, audiovisualidades, expressões indígenas e afrodiaspóricas, arte digital;

+ O audiovisual como lócus de mediação: diálogos de saberes, o filme documentário como meio de interlocução, registro e expressão de conflitos; projetos colaborativos, cinema e hierarquias, leituras urbanas; apropriação técnica, autonomia e controle da imagem.

Além de textos e imagens estáticas, são bem-vindos ensaios fotográficos, vídeos, filmes curtos, peças sonoras, musicais e depoimentos em arquivos de áudio, projetos de instalações artísticas e de arquitetura, urbanismo e design acompanhados de reflexão crítica e fundamentada teoricamente sobre sua concepção, apresentações de slides e outras linguagens digitais, considerando o interesse do Nomads.usp em explorar usos de meios digitais para divulgação científica via Internet.

As contribuições serão recebidas EM PORTUGUÊS, INGLÊS OU ESPANHOL através do website da revista, entre os dias 1 de maio e  10  de  agosto  de  2025,  segundo  as  diretrizes  para  autores,  disponíveis  na  página  de  submissões (https://revistas.usp.br/virus/about/submissions).

DATAS IMPORTANTES

1 de maio de 2025: Início do recebimento de submissões

10 de agosto de 2025: Prazo final para recebimento de submissões

A partir de 5 de outubro: Informação aos autores sobre aceite e solicitação de adequações

26 de outubro: Data limite para recebimento das adequações dos autores

16 de novembro: Data limite para recebimento da versão traduzida do artigo

Dezembro de 2025: Lançamento da V!RUS 30

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